sábado, agosto 11

Papelão


Rodinhas de tampa de garrafa,
Assoalho de papelão,
Eixo feito de um velho clips pintadinho de azulão,
O carrinho de plástico alegrava a criançada
Fazia manobras, dava saltos, pulava as encilhadas.
Buzinava como um velho fusca amarelo,
Cantava pneu e batia um bolão.

Ganhava todas as corridas, subia e descia ladeira de montão
Com sua mala cheia de história, contava causos e fábulas por onde passava
Encantava a gurizada com suas peças viajadas.

O carrinho todo remendado, montado a base de fita e cola
Era bronze, prata e ouro, e ainda era de lata.
Nunca ficava machucado, quebrado ou em pedaços
Logo os meninos corriam e novas peças traziam recheadas de mais histórias.

Nunca faltava rodinha, motor ou animação
O velho carro camuflado pronto sempre estava de plantão
E de tanto motivar a diversão ganhou novos irmãos
Agora são carros, caminhões e até motos, todos tirados do lixão.

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