sábado, agosto 11

Menininhas...


De saia rodadinha, a menina se escondia atrás do arbusto. Colorida como as flores do campo, ela contava as pétalas e entoava canções de ninar.
De trança nos cabelos, fitas de peti poá, a moçinha rodava, rodava sem parar. Ladeadas por bonecas de vestidos longos e cabelos enrolados, de bocas coloridas e olhos esbugalhados, as meninas brincavam por horas sem parar.

Pulavam corda, elástico e até lago. Dançavam com bambolê, faziam comida de mentirinha. As bonecas sentadinhas serviam de platéia e de filhinhas, tinham que dormir e acordar, bater palma e comemorar.

A duplinha gostava ainda de imitar. Eram mães, empresárias, médicas. Davam injeção, desfilavam em milão, compravam roupas, rolavam pelo chão.
Era jogo de amarelinha, bate-bate, esconde-esconde. O sol esvaia-se por de trás dos montes, baixando-se para logo a lua aparecer. E depois de contar e recontar estrelas, as duas de pijama iam descansar. Bem tapadinhas por cobertas amarelinhas, as moçinhas logo logo iam sonhar.

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