segunda-feira, agosto 20

Por entre os dedos

E quando você percebe já foi. Aconteceu comigo, e ocorre com todo mundo, a sensação que o tempo escorrega e segue o rumo frenquente, como um rio que nunca para de correr. Me daperei pensando nisso, enquanto procurava uma solução para os móveis que se tornaram armadilhas no quarto do Nícolas. A mesa, aquela que pintei para colocar ao lado do berço e colocar a cesta com os potinhos, de um tempo para cá virou a mesa do som, e agora alvo! Alvo de tentativas de subir, empurrar e desmontar do meu pequeno grande bebê.

Antes o som delicado dos ursos com cantigas de dormir. Agora, a Galinha Pintadinha que insiste em ficar Popózando o dia inteiro. A poltrona de aconchego, do ninar e amamentar, virou depósito de ursos e mais um perigo, afinal o Senhor Nícolas adora escalar.

E lá estou eu lembrando da minha barriga que insistia em crescer, enquanto eu arrumava as pequenas roupas no guarda-roupa. Eram meinhas, tip top, pijaminhas, tudo tão pequeno quanto as minhas bonecas na infância. Agora, lá estou eu arrumando calças jeans e camisas xadrez, em um guarda-roupa cheio de travas para impossibilitar que o pequeno jogue as roupas passadinhas no chão. O berço, aquele lugar quentinho e seguro, agora está me deixando de cabelos em pé! A grade é quase uma escada, para um pézinho tamanho 22 que insiste em subir para pegar o travesseiro.

O meu bebê nem bem saiu da minha barriga e já está pulando, correndo, brincando de carrinho e pronunciando as primeiras palavras. O nenénzinho agora já é um garotão, cheio de manias, birras e ideias mirabolantes. O tempo, este eterno medalhista de ouro, passou rápido pela minha janela...Eu pisquei os olhos e ele já mudou tudo novamente. O meu gurizinho que mal ocupava 1/13 do colchão já quase alcança no pé do berço, indicando que daqui uns dias vou colocá-lo para dormir em uma cama, e não mais no delicado cercado de madeira que por tantas vezes sonhei debruçada em como seria o rostinho do meu filho.

O tempo, como diria a música, escorre pelas mãos e não há tempo que volte! Então, vamos viver tudo que há para viver, vamos nos permitir! :)

Um comentário:

  1. A primeira vez que ouvi esta música, lembrei do Miguel (do Matheus e da Mima), hoje, lendo teu texto imediatamente lembrei da música, e da mesma forma que me emociono hoje,acho que vou me emocionar quando ter o meu pimpolho ;)

    http://letras.mus.br/maria-rita/1083245/

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