quarta-feira, julho 11

Ao Nícolas,




Da pele esticada, milímetro por milímetro sem que os olhos pudessem perceber... Da ansiedade do querer ver, ouvir  quem sabe cantar e até rir...Do tempo que passa com passos pequenos  e ao mesmo tempo voando pelas paredes...Do primeiro choro ao sorriso que por não caber em mim precisou transbordar os olhos e lavar todo o meu rosto...O primeiro abraço, o primeiro colo, o primeiro choro, engasgo, amasso...As horas mudadas, os dias trocados, as canções não cantadas por travarem no peito ao ver teu semblante singelo dormir por entre meus braços...Começa dia, termina noite, o cabelo que cresce, os tamanhos que mudam,  as vontades que passam...Agora sorrisos, choros, manhas, abraços e beijos apertados de um amor sem limite que em nada pode se comparar ou mensurar...Um corre-corre de brincadeiras, um corre-corre de medos,  de orgulho e veneração...Os primeiros passos, tombos. As primeiras balbucias, gritos. Os gritos altos, os bem baixinho e as rizadas de dobrar esquina.Teimosias que não ensinaram a lidar, coisas que os livros não trouxeram,  fatos que ninguém prescreveu...Brigas de dar vontade de rir, rizadas que me levam ao choro...Os olhares de medo,  de sono, de paixão... Um olhar de ternura e carinho.Um aperto um amasso, dois corações e jamais solidão...O tempo espaço vira pausa para que nada mais possa ser desilusão...Ansiedade que aumenta, pele que enruga, estica, cresce, amolece.Os primeiros de muitos nãos,  de outros sins... o vai e vem.Não há mais dor, solidão, melancolia ou mesmo tédio.É a razão por estar viva, por querer sempre mais e mais...Tudo me comove, o jeito, o olhar, andar, abraço e choro...É o motivo sublime, minha lei, meu guia. Meu filho, minha vida.

Mamãe.


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