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"Canto minha vida com orgulho, 

Na minha vida tudo acontece
Mas quanto mais a gente rala, mais a gente cresce...
Com a cabeça erguida e mantendo a fé em Deus

A vida me ensinou a nunca desistir
Nem ganhar, nem perder mas procurar evoluir.

Podem me tirar tudo que tenho
Só não podem me tirar as coisas boas
Que eu já fiz pra quem eu amo

Histórias, nossas histórias
Dias de luta, dias de glória..."

       Não adianta. Por vezes a gente tenta se convencer, por alguns dias até acha que tudo se encaminha bem. Mas sempre tem o dia que coomeça te provando que no fundo mesmo é só uma forma de enganar o coração. E assim, por um meio tosco, vai se levando os dias. Horas boas, horas ruins. Mas tudo bem quem não as tem, não é mesmo?

       Tem dias que eu me pergunto um porque tão forte e em tom tão alto que fico escutando o silêncio. Os ruídos somem como se fosse possível escutar o nada e alcançar a reposta. Algumas vezes empurro para lá os pontos de interrogação que ficam perturbando minha mente. Jogo eles para escanteio, coloco um caminhão de areia por cima e tento, tento com todas as forças, encarar com leveza. Em dados momentos, choro. Impossível resistir as lágrimas que batem nos olhos, querendo mostrar que por dentro, elas são maioria. Choro ao ouvir uma música, ao lembrar de um momento, ao ler ou ver alguma coisa pela Internet. Choro não só de saudade, mas de arrependimento. Choro por ter que fazer escolhas e por isso renunciar.
 
     E então, tudo alivia. A saudade, a alegria, a nostalgia. Na vida tudo passa. Tempo a mais ou a menos as coisas se esvaem pelas mãos que tentam agarrar. E a gente por acomodação, medo, ou qualquer outro sentimento, se acomoda. Joga a toalha, bate no tatame e empurra a vida com a barriga, literalmente. Dia termina e começa igualmente cinza. Igualmente. Mas por favor, não me pergunte nada e muito menos o porque. Eu só quero mesmo é sair caminhando numa folha branca qualquer...sem pauta, sem barra, sem nada. Para ver se é possível dobrar uma esquina e não enxergar mais nada.